quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Pessoal o texto é longo, mas é muito interessante. Vale a pena!!

Breve enfoque behaviorista do livro "Quem mexeu no meu queijo?”

“Quem Mexeu no Meu Queijo” (Johnson, 2001).

RESUMO DO LIVRO
O resumo que segue abaixo utiliza as mesmas palavras e algumas expressões citadas no livro.
O autor inicia o livro com algumas explicações acerca das personagens, afirmando que estas representam as partes simples e complexas do ser humano. Os ratos Sniff e Scurry representariam as partes simples, por perceberem logo a mudança e responderem a ela imediatamente. Já os duendes representariam as mais complexas, carregando consigo emoções e crenças, como Hem que rejeita a mudança e a percebe como algo ruim ou Haw que aprende a se adaptar a tempo, quando percebe que a mudança leva a algo melhor.

Em seguida, há um grupo de colegas de turma que se reencontram a discutem a respeito das mudanças que ocorreram em suas vidas e como lidaram com elas. Após isso se inicia a história.
Os duendes Hem e Haw e os ratos Sniff e Scurry vivem em um país distante, num labirinto em busca constante de queijo que os alimente e os faça feliz. Os ratos com seus sentidos aguçados buscavam seu queijo duro, bom de roer. Os duendes buscavam um queijo todo especial, suas buscas eram incrementadas pelos seus complexos cérebros, repletos de crenças, Queijo esse que lhes traria felicidade e sucesso.

O labirinto era repleto de possibilidades (queijos especiais), contudo havia muitos cantos escuros, porém com a promessa de uma vida melhor. Os ratos usavam o método de tentativa e erro, memorizavam os locais que não continham queijo e se aventuravam rapidamente por novas áreas. Sniff farejava o queijo com seu focinho grande e Scurry corria na direção do queijo. Enquanto que os duendes utilizavam sua capacidade de aprender com experiências passadas, assim como os ratos, para localizar seu queijo especial, contudo utilizavam também de seus cérebros complexos para analisar métodos mais eficazes de localizarem queijo.

Em algumas situações iam bem e em outras suas crenças e emoções os impediam de ter sucesso.
Cada qual munido de suas capacidades acabou encontrando um posto de queijo: o Posto C. Lá existia muito queijo e era um queijo especial que lhes trouxe satisfação. Após essa descoberta os duendes modificaram sua rotina, já não se levantavam tão cedo quanto antes e deixaram de vasculhar outros cantos do labirinto. Tinham a certeza de que o queijo estaria lhes esperando. No entanto, seus colegas de labirinto, Sniff e Scurry, continuaram a acordar cedo e mantinham a rotina de verificar a cada dia como estavam as coisas no posto, se o queijo estava como antes ou não.

Os duendes sentiam-se seguros, bem sucedidos e merecedores do queijo, até mudaram-se para perto do posto C. Exibiam seu monte de queijo aos amigos e sentiam-se donos do queijo. Contudo a satisfação transformou-se em arrogância.
Deixaram, portanto de perceber o que estava acontecendo com seu monte de queijo especial e numa bela manhã, quando iam buscar mais queijo, o impensável aconteceu. Não havia mais queijo. Pararam diante do vazio aonde “deveria” estar o queijo e ficaram estarrecidos. Hem gritou com muita raiva: Quem mexeu no queijo? Já Haw nenhuma reação esboçou.

Sniff e Scurry já haviam percebido que o monte de queijo estava diminuindo, sabiam que mais cedo ou mais tarde ele acabaria, ao chegarem ao posto não se sentiram surpresos com a mudança, olharam-se e foram em busca de mais queijo pelo labirinto afora.

Enquanto isso, os duendes tentavam analisar de que forma isso poderia ter acontecido, sentiam-se traídos e acreditavam ser esta situação injusta. Naquele dia e nos outros que se seguiram os duendes analisavam a situação, faziam buracos no local onde o queijo estava, acreditando que alguém havia o escondido em algum lugar, não suportando a idéia do queijo ter sumido. Já haviam se acostumado àquele queijo e o lugar lhes era familiar. Até que Haw se questiona se seus colegas (os ratos) haviam encontrado queijo fresco em outro local, mas a idéia de retornar ao labirinto, ter que voltar a procurar queijo, passar pelos locais escuros e desconhecidos o desencorajava. Questionou seu amigo Hem se deveriam voltar a procurar novamente no labirinto e este respondeu de forma negativa, afirmando que deveriam aguardar que recolocassem o queijo no posto, dizia-se velho demais para retomar a busca.

Apesar da negativa do amigo, Haw se vê saboreando um novo queijo, aventurando-se no labirinto e tendo sucesso, isso lhe dá forças para voltar à sua busca e enfrentar seu medo inicial, e o faz. Todas as vezes que se percebe sentindo medo nos cantos escuros do labirinto, procura rir de si mesmo e alimenta seu cérebro com a idéia de um novo queijo. Já seu amigo permanece sentando no posto C aguardando que algo novo aconteça.

Haw durante sua busca, vai deixando frases de suas novas descobertas, para que se o amigo resolver voltar à busca tenha pistas e ânimo para continuar. Começa escrevendo assim: “Se você não mudar morrerá”. Ao analisar a situação de ter ficado sem queijo, Haw se pergunta porque não havia se mexido mais cedo e voltado a procurar no labirinto. Em alguns momentos sente-se inseguro e tem vontade de voltar à segurança do posto C, mas reanima-se e vasculha os cantos do labirinto.

Conforme percebe seus medos e os vence, sente-se mais forte e vivo. Dessa experiência sai uma pergunta para ser escrita na parede: “O que você faria se não tivesse medo?”. Analisa que o medo é importante para lhe proteger, desde que não te impeça de fazer o que é preciso e necessário para sua vida. Percebe também que o queijo não havia sumido da noite para o dia, havia acabado pouco a pouco, eles que não haviam percebido. Desta reflexão Haw escreve: “Cheire o queijo com freqüência para saber quando está ficando velho”.

Haw começa a sentir-se sem forças físicas, pois já havia muito tempo que não alimentava-se e para não desistir escreveu outra frase: “O movimento em uma Nova direção ajuda-o a encontrar um novo queijo”.
Vez por outra o medo de não conseguir, de nunca mais encontrar queijo aparecia, mas Haw vencia seu medo pensando no que de bom poderia acontecer futuramente e ao dissipar esses medos, sentia-se cada vez melhor. Chegando a questionar-se porque estava tão bem se não havia encontrado queijo ainda. Desse questionamento sai outra frase: “Quando você vence seu medo sente-se livre”. Ao imaginar-se comendo outros queijos sente-se forte e escreve: “Imaginar-me saboreando o novo queijo, antes mesmo de encontrá-lo conduz-me a ele”.

Sentindo-se forte e alegre, continua a procurar e antes do esperado encontra um posto que continha alguns pequenos pedaços de queijo e delicia-se com estes e conclui que se tivesse saído do posto C antes talvez encontrasse esse novo posto ainda com queijo suficiente. Outra frase: “Quanto mais rápido você se esquece do velho queijo, mais rápido encontra um novo”.

Após ter descoberto esse posto novo, recolhe alguns pedaços e resolve levar ao amigo, para quem sabe ele sinta-se motivado a acompanhá-lo. Ao encontrar o posto C, conta-lhe ao amigo o que havia encontrado e que deveriam existir outros locais com mais queijo. Contudo, Hem agradece a ajuda do amigo, mas prefere ficar e aguardar que recoloquem o queijo velho no posto. Triste Haw se despede e continua sua busca. Após perceber a reação de seu amigo, aprende mais uma coisa: “É mais seguro procurar no labirinto do que permanecer sem queijo”.

Haw agora compreendia que a mudança era inevitável e que ela somente o surpreenderia se não estivesse atento ou não a procurasse. Descobriu também que estava mudando, seu jeito de pensar era novo, então escreveu a respeito de suas crenças: “As velhas crenças não levam ao novo queijo”.

Contudo Haw ainda não havia encontrado aquele queijo especial com Q maiúsculo, mas aprendera muito em sua nova jornada. E percebeu que: “Quando você acredita que pode encontrar e apreciar um novo queijo, muda de direção”. Descobriu também que se estivesse atento às mudanças ou procurasse por elas e se mexesse junto com o queijo, estaria melhor do que agora. Resolve então embrenhar-se em alguns locais escuros do labirinto que não havia vasculhado. Esperava estar caminhando na direção certa e para que Hem pudesse encontrá-lo também, parou e escreveu: “Notar cedo as pequenas mudanças ajuda-o a adaptar-se às maiores que ocorrerão”.

Ao entrar numa travessa escura avistou um posto, o posto N de queijo. Adentrou ao posto e viu uma pilha enorme de queijo, de várias cores e cheiros, experimentou-os e alguns nem conhecia, mas estava maravilhado. Viu também seus colegas Sniff e Scurry que se deleitavam ao lado da pilha. Sentiu-se alegre e brindou: Viva a mudança. Pensou por um instante no amigo, seria que teria conseguido encontrar o caminho? Será que vencera seus medos? Pensou em resumir as lições aprendidas, para que tanto seu amigo quanto ele não as esquecessem.

O manuscrito na Parede:
A mudança ocorre (Continuam a mexer no seu queijo)
Antecipe a mudança (Prepare-se para o caso do Queijo não estar no lugar)
Monitore a mudança (Cheire o queijo com freqüência para saber quando está ficando velho)
Adapte-se rapidamente à mudança (Quanto mais rápido você se esquece do velho queijo, mais rápido pode saborear um novo)
Mudança (Saia do lugar assim como o queijo)
Aprecie a mudança (Sinta o gosto da aventura e do novo queijo)
Esteja preparado para mudar rapidamente muitas vezes (Continuam mexendo no queijo).
Após a história o autor insere um debate a respeito do livro com aquelas mesmas personagens do início do livro. Cada um fala de seus insights e com qual personagem se identifica.

INTRODUÇÃO
No livro “Quem mexeu no meu queijo” algumas questões humanas são discutidas em forma de parábola, a mensagem é transmitida a partir da história das quatro personagens. Os ratos Sniff e Scurry representam, segundo o autor, as partes simples do ser humano, os quais ao se verem sem o queijo no posto C partem em busca de outros locais que possam encontrar esse queijo e suprir suas necessidades. Não se demoram a responder à mudança no ambiente. Já os duendes Hem e Haw representam as partes complexas, pois ao se depararem com a mudança respondem a ela tentando negar a realidade, enfrentam sentimentos de raiva e impotência.

A análise será realizada a partir de tópicos, eleitos como os mais importantes para a compreensão da história dentro da visão Behaviorista. Tais como:
1) Sniff e Scurry: discriminação de estímulos, comportamento governado por contingências;
2) Hem e Haw: Comportamento governado por regras.
3) O Queijo: reforço;
4) Encontrando o queijo no posto C: saciação;
5) Mensagens: Comportamento Verbal.


1) Sniff e Scurry: Discriminação de Estímulos, Comportamento governado por contingências.
Na história Sniff e Scurry não se vêem surpreendidos com o término do queijo, pois já haviam percebido que a montanha de queijo estava diminuindo e em algum momento terminaria e quando ela termina respondem a esse evento ambiental, de forma adequada, de acordo com sua história de condicionamento, farejando novos locais nos quais poderia haver queijo. Comportamento este que provavelmente se mostrou eficiente em localizar alimento. Outro aspecto relevante acerca das duas personagens é que houve discriminação de estímulos, pois quando o ambiente mudou o comportamento deles também mudou. Segundo Baum (1999, pg. 112) “Quando o comportamento muda diante da mudança do estímulo discriminativo, os analistas do comportamento denominam essa regularidade de discriminação” e “Toda discriminação resulta de uma história. Se não foi aprendida, resulta de uma história evolutiva”.
Outro fator a ser ressaltado é a importância do ambiente. Para Skinner (1993) o ambiente exerce controle sobre o comportamento e é de vital importância que o indivíduo esteja atento ao ambiente e às suas modificações. Quando o indivíduo não percebe adequadamente a realidade, pode se ter uma forma de comportamento chamado psicótico.

O último aspecto a ser analisado é que Sniff e Scurry apresentam comportamento governado por contingências, pois discriminam as mudanças presentes no ambiente (modificação das contingências) e respondem a estas mudanças de forma a se adaptarem às novas contingências. Corroborando a análise, Baum (1993, pg.156) explica que comportamento governado pelas contingências “... refere-se ao comportamento que é modelado e mantido diretamente por conseqüências relativamente imediatas, que não dependem de ouvir ou ler uma regra”.

2) Hem e Haw: Comportamento governado por regras.
A regra é aprendida através da comunidade verbal e sempre descreve uma contingência, para Skinner (1995) existem várias razões para que pessoas sigam regras e se comportem de determinadas maneiras, podendo estas maneiras, terem sido selecionadas naturalmente pela espécie enquanto outras se devem ao que é reforçador para o grupo. No caso deles a regra “se eu permanecer no posto C aguardando, então o queijo aparecerá”. Neste caso o reforço que mantém o comportamento de Hem e Haw é o queijo. Contudo, parece que Haw passa por um procedimento de extinção, já que o comportamento de esperar não é reforçado, pois o queijo não é apresentado e há, portanto a suspensão do reforçamento (Keller, 1973). Havendo este procedimento de extinção, ele entra em privação e torna-se motivado a emitir novos comportamentos. Contudo, para se compreender o significado do termo motivação é necessário segundo Staats e Staats (1973) realizar um estudo das fontes de reforçamento. Outro aspecto relacionado à motivação é o estado de privação, onde um organismo é privado de certos estímulos e estes passam a ter seu valor reforçador aumentado, fato este que provavelmente ocorreu com o queijo para os duendes.
Quanto às regras, parece ocorrer uma reestruturação da antiga regra de Haw, pois ao começar a responder às novas contingências ele passa a construir novas regras (as dicas que escreve na parede).

3) O Queijo: reforço.
O reforço possui um papel central na história, haja vista que as personagens se comportam (farejam, analisam, correm etc) em função do reforço: o queijo. Servindo de analogia, segundo o autor, com as coisas que o homem busca em sua vida, ou se comporta para obtê-las. Aprovação social; realização; felicidade; status; vida sexual satisfatória e muitas outras.
Neste sentido podemos dizer que algo (por exemplo, o queijo) é reforçador porque fortalece um dado comportamento, aumentando a freqüência deste. Skinner coloca que “A única maneira de dizer se um dado evento é reforçador ou não para um dado organismo sob dadas condições é fazer um teste direto. Observamos a freqüência de uma resposta selecionada, depois tornamos um evento a ela contingente e observamos qualquer mudança na freqüência. Se houver mudança, classificamos o evento como reforçador para o organismo sob as condições existentes” (1993, pg. 81).
Para Keller “O alimento, para um organismo faminto, tem uma espécie de capacidade inata de reforçar o comportamento. Da mesma forma, a bebida, sob condições de sede” (1973, pg. 50).

4) Encontrando o queijo no posto C: saciação.
Quando os duendes encontram queijo no posto C, seu comportamento foi positivamente reforçado, ou seja, o reforço foi apresentado como conseqüência de seu comportamento. O que acaba por manter esse comportamento, portanto é a localização do queijo.
Pelo fato dos duendes terem a convicção de que o reforço (queijo) estaria sempre disponível, eles comiam até o ponto da saciação e após estarem saciados, e terem a certeza da existência permanente de queijo (reforçamento contínuo) eles se acomodaram e não pensaram na possibilidade de que o queijo poderia acabar, fato este que os pegou de surpresa e, portanto não estavam preparados para as novas contingências (os duendes não discriminaram as mudanças ambientais).
Baum (1993, pg. 79) explica que “... nenhum reforçador funciona como tal o tempo todo. Se você acaba de comer três fatias de torta de maçã e seu cortês anfitrião ainda lhe oferece mais uma, você, agora, provavelmente vai recusar. Por mais poderoso que seja o reforçador, ainda é possível a saturação”.

5) Mensagens: Comportamento Verbal.
Ao se falar de regras fala-se de comportamento. Para Catania (1999) linguagem é comportamento, pois está diretamente relacionada com as contingências presentes e provoca alterações no meio. Estas alterações podem ser tanto verbais quanto não-verbais e um indivíduo pode mudar o comportamento de outro dando instruções, sendo talvez essa a função primária da linguagem. Neste sentido as “dicas” deixadas por Haw na parede do labirinto podem servir como estímulos discriminativos para Hem e talvez possa mudar seu comportamento a partir dessas “dicas”. O que segundo Skinner (1978) caracteriza um tipo específico de comportamento verbal, sendo este o mando tipo conselho. O qual descreve uma possibilidade de reforço.

As dicas deixadas por Haw foram as seguintes:
1 - A mudança ocorre (Continuam a mexer no seu queijo)
É possível perceber que o ser humano está em constante interação com o seu meio ambiente, ele modifica o ambiente e o ambiente o modifica. O que sugere que a vida do ser humano não seja estática, mudanças sociais e culturais, biológicas e comportamentais ocorrem e afetam o indivíduo. Uma guerra em outro continente afetará provavelmente indivíduos que nada tenham haver com esta. Um furacão que atinja a costa oeste americana, afetará o clima brasileiro.
2- Antecipe a mudança (Prepare-se para o caso do Queijo não estar no lugar)
Nesta mensagem pode-se dizer que Haw está falando sobre a importância de discriminar as alterações contingenciais e desenvolver novos padrões de comportamento que sejam mais funcionais e adaptativos às novas contingências.
3 - Monitore a mudança (Cheire o queijo com freqüência para saber quando está ficando velho).
Esta regra sugere que é importante identificar a mudança, seja ela qual for e a partir disso desenvolver estratégias de enfrentamento.
4 - Adapte-se rapidamente à mudança (Quanto mais rápido você se esquece do velho queijo, mais rápido pode saborear um novo).
Aqui sugere-se testar as estratégias percebidas e definir qual a melhor a ser usada, com o objetivo de se adaptar às mudanças (novas contingências).
5 - Mudança (Saia do lugar assim como o queijo)
A partir da mudança do ambiente adapte-se a ela e mude juntamente com as novas contingências.
6 - Aprecie a mudança (Sinta o gosto da aventura e do novo queijo)
Se a mudança aconteceu e são necessários novos repertórios para lidar com ela, invista neles e procure colocar-se sob controle de estímulos discriminativos que tragam satisfação.
7 - Esteja preparado para mudar rapidamente muitas vezes (Continuam mexendo no queijo).
Desenvolver novos repertórios e buscar as potencialidades que melhor são reforçadas para cada indivíduo o prepara para possíveis alterações ambientais, sociais ou biológicas.

A partir do que foi escrito até aqui foi possível perceber que o livro “Quem mexeu no queijo?”, aborda a temática mudança, apontando para a importância de percebê-la acontecendo e adaptar-se a ela. Skinner (1983, pg. 98) ao falar sobre aspectos culturais e a evolução da cultura corrobora as colocações a respeito da mudança, “As contingências necessariamente se alteram. O ambiente físico se modifica, à medida que as pessoas se deslocam, que o clima se altera, que os recursos naturais se esgotam ou são desviados para outros fins, ou ainda inutilizados e assim sucessivamente. As próprias contingências sociais se modificam à proporção que se alteram as dimensões do grupo ou as relações deste com outros grupos, ou que as instituições de controle se tornam mais ou menos poderosas ou competem entre si, ou o controle exercido leve ao contracontrole sob a forma de fuga ou revolta”.
Pensando na prática clínica Wolpe (1976) propõe que o objetivo central de uma psicoterapia está relacionado à retirada das origens do sofrimento e da incapacidade. Neste sentido Skinner (1993, pg.45) afirma que “Tentamos prever e controlar o comportamento de um organismo individual. Esta é a nossa variável dependente – o efeito para o qual procuramos a causa. Nossas variáveis independentes – as causas do comportamento – são as condições externas das quais o comportamento é função”. Desta forma, retomando uma idéia apresentada no início do trabalho, é fundamental que o analista do comportamento faça uso da análise funcional constantemente de forma a perceber as mudanças, antecipá-las e criar estratégias de intervenções adequadas à necessidade do indivíduo.




Minha Casa (Zeca Baleiro)

É mais fácil cultuar os mortos que os vivos
Mais fácil viver de sombras que de sóis
É mais fácil mimeografar o passado
Que imprimir o futuro
Não quero ser triste
Como o poeta que envelhece
lendo maiakovski na loja de conveniência
Não quero ser alegre
Como o cão que sai a passear
Com o seu dono alegre
Sob o sol de domingo
Nem quero ser estanque
Como quem constrói estradas e não anda
Quero no escuro
Como um cego tatear estrelas distraídas
Amoras silvestres no passeio público
Amores secretos debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param
Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem não posso parar
Vejo o mundo passar como passa
Uma escola de samba que atravessa
Pergunto onde estão teus tamborins
Sentando na porta de minha casa
A mesma e única casa
A casa onde eu sempre morei.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Baum, W. M. Compreender o Behaviorismo. Porto Alegre: . ArtMed, 1999.
Catania, A. C. Aprendizagem: Comportamento, Linguagem e Cognição. Porto Alegre: AtrMed, 1999.
Johnson, S. Quem Mexeu no Meu Queijo. Rio de Janeiro: Record, 2001.
Keller, F. S. Aprendizagem: Teoria do Reforço. São Paulo: E.P.U., 1973.
Meyer, S.B. O conceito de Análise Funcional. In: Delitti, M. (Org). Sobre o Comportamento e Cognição, Vol. 2. Santo André: . Arbytes, 1997.
Skinner, B. F. & Vaughan, M. E. Viva Bem a Velhice. São Paulo: Summus, 1985.
Skinner, B. F. Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
Skinner, B. F. O Comportamento Verbal. São Paulo: Cultrix, 1978.
Skinner, B. F. O Mito da Liberdade. São Paulo: Summus, 1983.
Skinner, B. F. Questões Recentes na Análise Comportamental. Campinas: Papirus, 1995.
Staats, A. W. & Staats, C. K. Comportamento Humano Complexo. São Paulo: E.P.U., 1973.
Vandenberghe, L. A prática e as implicações da análise funcional. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, IV (1), 35-45, 2002.
Wolpe, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Brasiliense, 1976.
Reportagem Revista Nova Escola.
http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/skinner-428143.shtml

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A CASA DOS MIL ESPELHOS

Tempo atrás, em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar conhecido como a casa dos mil espelhos. Um pequeno e feliz cãozinho soube desse lugar e decidiu visitá-lo. Lá chegando, saltitou feliz escada acima até a entrada da casa. Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e a cauda balançando tão rapidamente quanto podia. Para sua grande surpresa, deparou com outros mil pequenos e felizes cãezinhos, todos com a cauda balançando tão rapidamente quanto a dele. Abriu um enorme sorriso e foi correspondendo com mil enormes sorrisos. Quando saiu da casa, pensou: “Que lugar maravilhoso! Voltarei sempre, um montão de vezes”.
Nesse mesmo vilarejo, outro pequeno cãozinho, que não era tão feliz quanto o primeiro, decidiu visitar a casa. Escalou lentamente as escadas e olhou através da porta. Quando viu mil olhares hostis de cães que o olhavam fixamente, rosnou, mostrou os dentes e ficou horrorizado ao ver mil cães rosnando e mostrando os dentes para ele.Quando saiu pensou: “Que lugar horrível, nunca mais volto aqui”.

Rangel, Alexandre. As mais belas parábolas de todos os tempos. Belo Horizonte, MG. Ed. Leitura, 2002.

domingo, 5 de julho de 2009

BEHAVIORISMO: SUA APLICAÇÃO

BEHAVIORISMO

Behaviorismo é o conjunto das técnicas psicológicas (dentre elas a Análise do Comportamento, e a Psicologia Objetiva) que postulam o comportamento como o mais adequado objeto de estudo da psicologia. Nesta teoria o comportamento é definido por meio das unidades analíticas respostas e estímulos. Esse novo método de observação faz oposição ao uso do método de introspecção, pois para os behavioristas eventos que não são mensuráveis ou analisáveis, tem pouca utilidade para a psicologia empírica. Melhollan 1978 define empirismo como a posição filosófica que considera as características do homem como conseqüências de experiências, afirmando ainda que a premissa básica da abordagem empírica é que as funções intelectuais e comportamentais podem ser influenciadas pelos acontecimentos na vida de uma pessoa.
Esta corrente teórica subdividida em cinco partes:
Behaviorismo Clássico – apresenta a psicologia como um ramo puramente objetivo e experimental, com finalidade de prever e controlar o comportamento de todo e qualquer individuo, e é baseado no principio de estimulo e resposta. Ou seja, um comportamento é sempre uma resposta a um estimulo específico.
Neobehaviorismo Mediacional – veio como resposta ao clássico.
Behaviorismo Filosófico – defende estado mental, que para eles seriam padrões de comportamento.
Behaviorismo Metodológico – entende o comportamento apenas respostas públicas dos organismos, onde somente eventos diretamente observáveis seriam admitidos para tratamento de uma ciência de comportamento.
Behaviorismo Radical – que nega os eventos mentais.

TEORIA DO REFORÇO

Desenvolvida inicialmente pelo psicólogo norte-americano Burrhus Frederic Skinner (considerado como um dos pais da psicologia comportamental), a Teoria do Reforço, que não é tão nova assim mas é usada com muita freqüência e, às vezes, até de maneira inconsciente pela maioria das pessoas . deriva de um ramo da psicologia chamado BEHAVIORISMO (Skinner) ou COMPORTAMENTALISMO ou nos seu ramos, como o APRENDIZADO SOCIAL (Bandura).
conclui que as ações com conseqüências positivas sobre o individuo que as práticas tendem a ser repetidas no futuro, enquanto o comportamento que é punido tende a ser eliminado. O comportamento é controlado por suas conseqüências. Significa que as coisas funcionam na base da premiação e punição.

Recompensas e punições desempenham um papel importante na vida diária sejam eles positivos ou negativos.
Reforço positivo : apenas aqueles eventos ou objetos que vem após um comportamento e aumentam sua freqüência
Reforço negativo: fortalece a resposta que o remove e enfraquece a resposta que o produz
. O QUE É MOTIVAÇÃO?
Motivação define-se pelo desejo de exercer altos níveis de esforço em direção a
determinados objetivos, organizacionais ou não, condicionados pela capacidade de
satisfazer algumas necessidades individuais



A idéia principal dessa teoria é de que o reforço condiciona o comportamento sendo que este é determinado por experiências negativas ou positivas, devendo o dirigente, professores, pais ou quem esteja à frente estimular comportamentos desejáveis e desencorajar comportamentos não agradáveis.
O reforço positivo se dá de várias formas tais como: premiações, promoções e até um simples elogio a um trabalho bem feito. São motivadores vistos que incentivam o alto desempenho.
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O reforço negativo condiciona a pessoa à não se comportar de maneira desagradável, atuando através repreensões chagando até a demissões

ESTÍMULO

Podemos destacar 03 aspectos da experiência de Pavlov:


a espécie animal responde aos estímulos do ambiente de forma incondicionada;
é possível condicionar a resposta a partir de estímulos neutros, modificando o comportamento incondicionado;
os estímulos neutros passam a ser estímulos condicionados.
Pavlov conclui que o comportamento dos seres vivos pode ser controlado através de um processo de condicionamento. Para isso, basta associar à resposta desejada uma outra resposta, já natural do organismo e agradável. Para Pavlov a recompensa deveria vir um pouco antes do estímulo que se quer condicionar para que se estabeleça uma relação. Para o cientista, também é necessário um reforço constante para manter o comportamento desejado. Essa técnica é utilizada pela publicidade, quando os anúncios associam situações de prazer (viagens, esportes, sexualidade) com produtos.

TEORIA DE PAVLOV






TEORIA DE PAVLOV

Ivan Pavlov, um fisiologista russo, fez uma das grandes descobertas científicas: O Reflexo Condicionado, estudando a fisiologia do sistema gastrointestinal.
A descoberta dos reflexos condicionados – uma das mais importantes do século passado – ocorreu após uma série de experimentos realizados por Pavlov. Nestas experiências, o médico russo observou como os cães e todas as suas funções digestivas se comportavam, ao serem estimulados.






"O AMOR NO BEHAVIORIOSMO RADICAL"

Você que acha que o Behaviorismo Radical de B.F. Skinner negligencia sentimentos, acesse o link http://www.redepsi.com.br/portal/modules/soapbox/article.php?articleID=281 "O Amor no Behaviorismo Radical" e venha refletir melhor a luz da Análise do Comportamento, o que aprendemos em nossa história de vida (Ontogênese) a chamar de amor!
Eduardo Alencar

ESTÍMULO E RESPOSTA

http://quintinices.com/por-que-os-cachorros-no-gostam-de-gato/
O cão tem natureza predatória e reage instintivamente a determinados estímulos de animais que se comportam como presas. Os movimentos bruscos e rápidos do gato despertam o instinto predatório do cachorro. Com a convivência, o gato pode aprender seus limites para “provocar’ o cachorro. Quanto menos medo o animal tiver do cão, menor é a chance de ele ser atacado.

HISTÓRIA DE CÃO E GATO


Porque a muito tempo atrás, o cão achou um documento muito importante, como não tinha onde guardar, ele pediu para seu amigo gato guardar. Como o gato também não tinha onde guardar, o gato pediu pro rato guardar, e o rato guardou.
Mas um certo dia desse o cão foi buscar seu documento com o gato, o mesmo lhe contou que tinha deixado com o rato, e foram os dois lá buscar, chegando lá o rato contou que lhe deu fome e roeu todo o documento, o gato como sabia que o cão iria ficar furioso saiu correndo atrás do rato para matá-lo, e cão fez a mesma coisa, só que atrás do gato. A partir desse dia esses três amigos não pararam de brigar.

ESTÍMULO E RESPOSTA: CONCEITOS

Os conceitos de estímulo e resposta não podem ser entendidos separadamente. Qualquer evento do meio torna-se um estímulo se for seguido por uma resposta. Estes termos são de fundamental importância para que possamos estudar a relação do meio com o comportamento de forma específica e mais precisa. O behaviorismo estuda esta relação e, como o meio e o comportamento são conceitos muito amplos, definiu estímulo e resposta como unidades básicas da descrição e como ponto de partida para que fosse possível realizar uma ciência do comportamento. Qualquer relação entre estímulo, representado pela letra R, e resposta, representada pela letra S, é denominada de reflexo. Este termo também é usado para denominar as respostas para as quais os respectivos estímulos não são claramente observáveis. Um exemplo disto é quando uma criança começa a bater palmas repentinamente, e não sabemos exatamente o porquê. Entre o aparecimento de um estímulo e a emissão de uma resposta existem eventos corporais. Os estímulos afetam os órgãos dos sentidos, que quando excitados, fazem com que os impulsos nervosos sejam transmitidos até o cérebro ou medula e daí aos músculos e glândulas. É desta seqüência que resultam as respostas que, relacionadas com os estímulos, é o que interessa aos psicólogos comportamentais. Os estímulos são uma representação de parte específica do meio, mas também podem ser externos, provenientes de órgãos ou de movimentos musculares. Todos os estudos feitos, tanto em animais como em seres humanos, tornaram óbvios que, mesmo sem atentar para as atividades fisiológicas implicadas, estímulo e resposta estavam freqüentemente associados numa relação causal bem definida e claramente observável. O uso da relação entre estímulo e resposta foi sugerido por Watson como uma forma de controle e predição do comportamento humano. Entre o aparecimento do estímulo e o começo da resposta há um pequeno intervalo de tempo, que é chamado de período de latência ou período latente. Os estímulos fortes tendem, em alguns casos, a diminuir o período de latência e em outros casos não se observa alteração alguma. A criança necessita de estimulação para sua organização, inclusive no que diz respeito à organização do córtex cerebral. A estimulação é essencial para a manutenção, o desenvolvimento e a maturação dos sistemas neuroniais. Uma estimulação anormal pode provocar o aparecimento de “modelos” de comportamento mal adaptados. A relação mãe e filho é fundamental para que ocorra a estimulação infantil. O tipo de estimulação vai depender da situação social da família e isto vai determinar as possibilidades de aprendizado e pensamento abstrato da pessoa em desenvolvimento. É importante considerar estas informações para que possamos entender que as pessoas de classes sociais menos privilegiadas não têm menos capacidade de aprender e de se desenvolver do que as que possuem uma condição social melhor, elas apenas são menos estimuladas porque, provavelmente, seus pais têm um repertório comportamental mais limitado e a escola ou creche, a que estão vinculadas, também estimulam de forma precária a criança em questão, interferindo no seu desenvolvimento.



GENÉTICA NÃO É DESTINO

[Revista] Veja - 22 de Abril de 2009 - Genética não é destino [Revista] Veja - 22 de Abril de 2009 - Genética não é destino






Muito, mas muito "comportamental" a matéria de capa da revista Veja desta semana.Até no título: "Genética não é destino".A matéria basicamente diz que existe SIM determinação genética, mas que ela só faz sentido se levado em conta a determinação ambiental.Dentre outras coisas, a matéria diz:- Hábitos do indivíduo podem ativar ou desativar genes- Os genes não são definitivos, nem em um adulto: mudam durante a vida através de mutações ou efeitos epistásicos- Fatores ambientais, como clima e stress, podem alterar, e muito, efeitos dos genesOu seja, mesmo algo inato, como nossa herança genética, está passível de ser alterado por fatores ambientais e, mais ainda, pela maneira como nos comportamos!


DETERMINISMO AMBIENTAL


Todo espaço gênico, natureza de primeira ordem, natureza primitiva, natureza primária, suporte físico ou ainda paisagem natural, natureza inferior (relação sinônima) é transformado, pela ação do homem, em espaço secundário, natureza antrópica, natureza socializada, natureza humanizada, espaço cultural, espaço de segunda ordem, paisagem artificial, natureza superior, (relação sinônima) ou seja, em espaço geográfico. Numa prova de vestibular, jamais afirmativas do tipo: o problema do Nordeste do Brasil é a seca, as condições naturais são determinantes podem ser afirmativas, (Marque falso) pois se constituem em determinismo ambiental.
O determinismo ambiental é uma escola alemã sintetizada por Frederic Ratzel (Século XIX) que afirma ser o homem passivo diante do meio natural. Portanto, nestes estudos, a natureza primária é determinante na relação com o humano. Tais análises são extemporâneas, foram influenciadas pela obra de Darwin, tanto quanto influenciaram Euclídes da Cunha em "Os Sertões". Hoje o suporte físico, é no máximo, condicionante, nunca determinante, na relação com o homem, ele é um condicionante condicionado.
DETERMINISMO AMBIENTAL
“A orientação comportamentalista considera o homem um organismo passivo, governado por estímulos fornecidos pelo ambiente externo. O homem pode ser manipulado, isto é, seu comportamento pode ser controlado, através de adequado controle de estímulos ambientais. Além disso, as leis que governam o homem são primordialmente iguais às leis universais que governam todos os fenômenos naturais. Portanto, o método científico, tal como desenvolvidos pelas ciências físicas, é também apropriado para o estudo do organismo humano.”

Aplicação na Educação:

“Na concepção behaviorista o conhecimento vem de fora, ou seja, o ser humano é produto do meio, é regulado pela cultura, ele vai desaparecer, pois seu tempo é menor, assim o que sobrevive é a espécie humana e a cultura. O conhecimento é resultado da experiência, baseados em estímulos e repostas. Sendo neste caso os processos fisiológicos são descartados e minimizados, pois são os estímulos externos que vão determinar os comportamentos humanos. Verifica-se aí que o behaviorismo é determinista e pragmático.A educação deve ter um papel controlador e manipulador da aprendizagem, através da previsão e do controle do ambiente para que os humanos (...) se modifiquem. Assim os erros não devem ser punidos, mas sim premiar os acertos. Deve-se através de recompensas, e do controle do meio, modificar os estímulos para modificar então os comportamentos. Pode-se então através da educação e do treinamento mudar o comportamento, este entendido como habilidade compreendida como respostas
Chamada de: TEORIA PSICOLÓGICA BEHAVIORISTA OU AMBIENTALISTA, OU COMPORTAMENTISTA, OU ASSOCIACIONISTA
SEGUNDO JOHN B.WATSON (1878/1958) - base empirista Watson foi o iniciador da escola behaviorista, considerou a pesquisa animal a única verdadeira por ser extrospectiva e não mentalista. Com Watson, a Psicologia mudou seu foco, da consciência, dos fenômenos psíquicos, para o comportamento e dados observáveis e verificáveis. Sofreu influência da filosofia empírica de John Locke e da psicologia fisiológica de Ivan Pavlov, de quem aceitou o condicionamento clássico para explicar a aprendizagem, admitindo que nascemos com certas conexões de estímulo-resposta chamados reflexos.
Watson foi o primeiro representante do ambientalismo, lançou o behaviorismo e transformou o estudo da aprendizagem em um processo pelo qual a conduta de um organismo muda como resultado da experiência. Afirmou que não há limite para o efeito do ambiente sobre a natureza humana. Watson não foi muito profundo no trato dos problemas de aprendizagem.